sábado, 22 de setembro de 2012

Garantir, guardar, reter, esta esperança

Fui abandonada, por uns instantes pela minha esperança. Doeu no fundo da alma, doeu mesmo, começou pelas bordas do meu coração e foi avançando, como se meu peito fosse uma ilha, e como se essa ilha fosse desaparecer em meio a esse sentimento desolador que é a falta de fé. Durou instantes, me pus em pé e me lembrei quem sou, e principalmente, porque eu não devo desistir. Lembrei  todas as coisas, que  eu faço e te fazem ficar perto de mim, mesmo quando minhas cobranças são insuportáveis, quando as minhas falhas são imperdoáveis e as minhas mentiras ridículas. Lembrei do que agente tem um com o outro, da pele, da canção, do silêncio, do porque a gente briga, do meu ciúmes sem fundamento, da minha insegurança boba, das provas irrefutáveis de que essa amizade é mais que amizade, de que esse amor é mais que um mero amor.A esperança, me abandonou por uns segundos, e o que não nos mata fortalece, ela voltou com mais força, e me diz, só mais um pouco, ou mais um muito, ainda não é hora de desistir, é hora de LUTAR, de PROVAR, de FICAR aqui. Sempre que eu penso em esperança, em lutar por ti, em ficar do teu lado, em provar que eu posso te fazer bem, lembro da música, brega, mas que fica linda, na voz do Jorge Vercilo, "Sensível demais", que diz:

"GARANTIR, GUARDAR, RETER, esta esperança."

E é verdade, eu conservo esse sentimento e luto mais um pouco, todo dia, todo amanhecer, mesmo quando eu acordo, por uns segundos, abandonada pela esperança.


Música - Sensivel Demais (versão Jorge Vercillo)