Se eu
parar pra pensar, no inicio também foi assim, mas eu conseguia
controlar. Aquele monstro me devorava por dentro, toda vez que alguém
chegava perto demais dele, ou quando eu não era alvo da sua constante
atenção. Um monstro que vivia nas profundezas do meu peito, coberto por
uma superficie aparentemente calma, que nada sugeria, nada denunciava. O
monstro não tinha nome, ou melhor tinha, mas eu
preferia não mencioná-lo por medo te transforma-lo em realidade. E cada
dia o monstro me destruia um pouco mais, cheguei a não saber, o que no
peito ainda havia de inteiro. Sufoquei até não conseguir mais, e
sussurrei o nome do monstro: ciúmes.
No inicio, achei que repeti-lo
pra mim no escuro, o manteria calmo, mas uma vez solto, o monstro quis
causar mais destruição. E dai eu gritei! Não calei, me revoltei. O meu
monstro, filho do sentimento de posse, foi-se de encontro com os dele,
foice na mão, a morte de um amor. Nada sobrou no lugar, o mostro fez
tanto estrago, até atingir as bases, destriu 3: amor, respeito, amizade,
não sei se elas é que eram fragéis, ou os nossos monstros a solta e
unidos, é que eram muito fortes. No fim sobrou uma coluna em pé, a única
que alimentava esta doença, creio que fizemos mais sexo do que nunca
naquele tempo, eram os nossos monstros, em busca de motivo pra
continuar. Mas então, como nem neste ato havia mais prazer, o ciúme
arrasou com tudo. E se eu parar pra pensar, vivo agora, como vivia no
inicio, o ciúmes preso, controlado até não sei quando, que me machuca ao
pensar nas novas "amigas" dele por ai.