sábado, 30 de maio de 2009

De mala feita












Eu ja peguei minhas malas
(Na verdade é apenas uma)
E eu ja rumei pra fora desse quarto
(Lá tinha um quê de sufocamento)

 
Se ontem no inicio da noite
(Onde vocês estava?)
Eu em sentia sozinha
(Em que lugares estivestes?)

Sinto-me pior , agora
(O sol toma conta do meu quarto)
Vou embora
(Na gaveta há um bilhete)

Vou- me indo sem pressa
Buscar nesse mundo incerto
(mais instavel ainda é o teu desejo)
Somente as coisas
As quais eu possa lhe dar
(Ou quem por mim se interessar)

A praça , as ruas e o coreto
(Não há ninguém)
Tudo parece vazio a minha volta
(não há nda , chorando a minha partida)

Estranho nesse ninho
Agora entendo minha revolta
Nunca pertenci a esse lugar
(Por que tentamos por tanto tempo?)

E nem foi meu , o teu coração
(e nem o meu era teu .. eu não disse Ateu , pelo menos ainda acredito em Deus)
Basta-me apenas virar a esquina
e subir no próximo trem, de mãos atadas com a solidão .

3 comentários:

  1. "Nunca pertenci a esse lugar"

    E talvez por isso devesse partir, pra encontrar o seu lugar!
    E a solidão, doce e amarga. Complexa.
    Que a solidão não ande por tanto tempo ao lado da personagem^^

    Grande beijo

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  2. Que bonito poema, Lívia!

    A ideia de seus pensamentos secretos entre parênteses causa impacto. Poderia confundir o leitor, mas, exatamente ao contrário, presta-lhe esclarecimentos.

    (Por que tentamos por tanto tempo?)
    Provavelmente, você se referia aos envolvidos. Mas é uma indagação que serve a todos nós...

    Solidão é um dos meus temas prediletos! Prazer em conhecer o seu espaço!

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  3. muito legal, depois da uma olhadiha no meu ta no meu perfil do orkut

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