sexta-feira, 4 de outubro de 2013

"Ele me coloca onde quer colocar.
 Incenso. Veneração.Ilusão.
 E todo resto da vida é apagado"
 (Anaïs Nin em Henry e June)


Simples.
Como um camponês,
das mãos rústicas
os versos de Henry
saiam

as mãos,
as mãos rústicas
de homem  lavrador
plantam a dor
quando me falta o toque

amo a ele,
como se  amasse a Henry
mas sua mulher jamais será June
e eu jamais aprenderei
como prender este rei
de mãos sujas e cansadas

um rei com rainha
onde não há espaço
para que eu seja coroada
mas eu insisto com ele,
como Anaïs, insitia 
 fingindo ser a favorita, a amada.


Um comentário:

  1. Uau, que belo escrito. Ao ler, tive a impressão de estar lendo um texto clássico. Parabéns!

    Abraços,
    Nina & Suas Letras

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